quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A felicidade realista

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz.Não é tarefa das mais fáceis.A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados,irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel,a comida e o cinema:queremos a piscina, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa 5 estrelas.E quanto ao amor? Ah,o amor...não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceramente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.Simplesmente de tentar ser felizes de uma forma mais realista.Por que só podemos ser felizes formando um par e não como pares? Ter um parceiro constante, não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo a expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto.Você pode ser feliz solteiro, feliz com romances ocasionais, feliz com parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quanddo se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.Não perder tempo juntando, juntando,juntando.Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível a aceitar o impossível.Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.Olhe para o relógio hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.Se a meta está alta demais, reduza-a.Se você não está de acordo com as regras, demita-se.Invente seu próprio jogo!
por Martha Medeiros

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